quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Proteção que vale ouro

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Proteção que vale ouro

    Por Assis Moreira, de Genebra
    03/09/2009

Texto: A- A+
       
O melhor ativo para investimento dos últimos dez anos foi o ouro. Quem investiu no metal ganhou 245% de rendimento em dólar entre julho de 1999 e julho deste ano, comparado a 3% de retorno obtido em média com aplicações em ações nas bolsas de países industrializados. O ouro bateu, inclusive, o ganho das ações das melhores companhias e dos emergentes.

O cálculo é do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), associação que agrupa os maiores bancos do mundo. O instituto alerta num relatório confidencial que alguns ativos podem estar sobrevalorizados no contexto atual e com o risco de sofrer correções.

A crise global, com o desmoronamento dos mercados financeiros ao redor do mundo e a consequente busca por proteção dos investidores, alterou a classificação dos ativos que mais deram retorno. O ouro, visto como porto seguro em crises mais sérias, certamente foi beneficiado nos últimos dois anos pelo receio de que a crise americana afetasse o dólar. No longo prazo, depois do ouro, o segundo maior rendimento veio dos bônus soberanos de países emergentes, seguido do obtido pelas ações também dos emergentes. As commodities ganharam igualmente de títulos do tesouro americano e de títulos de dívida de empresas.

Já quem aplicou em ações nos mercados industrializados só ganhou 3% na média, em dólar, em dez anos, ainda mais depois do baque das bolsas americanas e europeias desde 2007. O mercado de ações nos Estados Unidos no período de 2007 a 2009 foi o que sofreu o declínio mais profundo e rápido. O resultado é que quem aplicou em ações no mercado americano registrou perda de 17% na média no periodo de dez anos.

No curto prazo, a situação está mudando, com sinais de melhora dos mercados acionários desde março. A analista Suki Cooper, do Barclays Capital, em Londres, nota que o ouro continua a ser atrativo, mas os indicadores de que a economia chegou ao fundo do poço - e que, portanto, as ações estavam novamente atrativas - aguçaram o apetite por risco. O metal amarelo se valorizou em 9% em dólar de março para cá, mais do que os 7% das commodities em geral.

Já no mercado de ações, as bolsas nos países emergentes tiveram alta de 76% em média e, nos países ricos, de 59%. Nos EUA, a queda foi mais rápida, mas a recuperação também tem sido mais veloz.

Vários ativos se recuperaram desde o segundo trimestre, sobretudo ativos que haviam caído mais, mas a maioria ainda não recuperou tudo o que perdeu na crise global. As ações dos emergentes, por exemplo, só voltaram ao nível de fins de 2006 e, no caso dos mercados dos países mais ricos, ao nível do começo de 2004.

O IIF aponta uma interação de três tendências que podem trazer mais flutuações nos mercados financeiros após um periodo de menor volatilidade. Primeiro, a recuperação econômica ocorre em mais países, elevando as expectativas de alta de juros. O Banco Central de Israel foi o primeiro a aumentar as taxas.

Segundo, bancos, principalmente nos EUA e na Europa, continuam o processo de desalavancagem e redução de ativos, com vários deles ainda sob pressão, sobretudo por causa de sua gigantesca exposição aos mercados imobiliários. Isso alimenta questões sobre o vigor e a sustentabilidade da recuperação econômica.

E terceiro, depois da substancial alta nos mercados desde março, a sobrevalorização pode não durar. O risco de "ganhos desapontadores" das empresas abertas neste terceiro trimestre pode deflagrar o gatilho para uma correção nos mercados de ações globalmente.

Um sinal dessa maior cautela com ativos de risco aparece no fluxo líquido de recursos para fundos de ações de mercados emergentes, que começou a desacelerar. Ao mesmo tempo, aumentou para fundos de ações dos Estados Unidos e de títulos de emergentes.

Segundo o IIF, o fluxo líquido para fundos de ações de emergentes passou de US$ 7,5 bilhões em junho para US$ 4,7 bilhões em julho. Em agosto, ficou em apenas US$ 1,4 bilhão. Os mercados asiáticos receberam a parte do leão durante o ano, com mais de US$ 13,5 bilhões, comparados a US$ 5,5 bilhões para fundos de ações da América Latina.

Por sua vez, o fluxo líquido para fundos de renda fixa (títulos soberanos e em moeda local) de emergentes aumentou nas últimas semanas, totalizando US$ 6,6 bilhões, depois de retirada líquida de US$ 119 bilhões durante 2008. Com pouca expectativa de juros mais altos no curto prazo, fundos de títulos dos EUA receberam fluxo líquido de US$ 30 bilhões desde o começo de julho, totalizando US$ 120 bilhões no ano.    


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